Até 10 de junho de 2025, foram registrados 12 feminicídios na capital, quatro a mais que no mesmo período de 2024, quando foram contabilizados oito casos — um aumento de 50% nas ocorrências do crime. Houve, porém, redução nos casos ante 2023
O Mapa de Segurança Pública, divulgado nesta quarta-feira (11/6) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, revela que houve uma redução de 25,81% nos casos de feminicídio do Distrito Federal. Em 2023, foram 31 ocorrências, enquanto em 2024, foram 23. No entanto, informações do painel de feminicídios da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) mostram que, em 2025, até agora, houve mais casos do crime do que no mesmo período do ano anterior.
De 1º de janeiro a 10 de junho de 2025, foram registrados 12 feminicídios no DF, quatro a mais que no mesmo período de 2024, quando foram contabilizados oito casos, representando um aumento de 50% nas ocorrências do crime. Em uma das semanas mais brutais, em maio, duas mulheres foram assassinadas em menos de 24 horas.
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O episódio mais recente ocorreu no Setor de Inflamáveis, no último sábado (9/6). Telma Senhorinha da Silva, 51 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça dentro de casa, por seu companheiro, o motorista e Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) Valdeir Teodoro da Silva, 47, que tirou a própria vida em seguida.
Relatos de pessoas próximas à família dão conta de que o casal estaria em fase de separação. Na vizinhança, Valdeir era tido como um homem discreto e calmo. No entanto, a reportagem apurou que o motorista tinha comportamento agressivo dentro de casa.
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Onde pedir ajuda
» Ligue 190: Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Uma viatura é enviada imediatamente até o local. Serviço disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.
» Ligue 197: Polícia Civil do DF (PCDF).
E-mail:
WhatsApp: (61) 98626-1197
Site:www.pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher
» Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, canal da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. Serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, além de reclamações, sugestões e elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A denúncia pode ser feita de forma anônima, 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.
» Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam): funcionamento 24 horas por dia, todos os dias.
Deam 1: previne, reprime e investiga os crimes praticados contra a mulher em todo o DF, à exceção de Ceilândia.
Endereço: EQS 204/205, Asa Sul.
Telefones: 3207-6172 / 3207-6195 / 98362-5673
E-mail:
Deam 2: previne, reprime e investiga crimes contra a mulher praticados em Ceilândia.
Endereço: St. M QNM 2, Ceilândia
Telefones: 3207-7391 / 3207-7408 / 3207-7438
Feminicídio recorde: quatro mulheres são assassinadas por dia no Brasil
Colaboração para o UOL, de São Paulo
11/06/2025 12h13
Atualizada em
11/06/2025 13h38
A violência doméstica contra mulheres cresceu em 2024. O número consta no Mapa da Segurança Pública divulgado hoje pelo Governo Federal. Foram 648 tentativas de homicídio no período, um salto de 16,10% ante 2023. Índices de feminicídio e lesão corporal seguida de morte também registraram altas.
O que mostra o Mapa de Segurança Pública
O relatório mostra que o feminicídio permaneceu relativamente estável em 2024, com alta de 0,69% ante o ano anterior. Foi de 1.449 para 1.459 casos, o equivalente a qua… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2025/06/11/feminicidio-bate-recorde.htm?cmpid=copiaecola
Brasil tem alta de feminicídio e estupro em 2024; roubo a banco, carga e de veículos caem, aponta governo
Mapa da Segurança Pública mostra queda em assassinatos, roubos e mortes por intervenção policial; país apreendeu mais drogas e menos armas em 2024
Por Judite Cypreste, Reynaldo Turollo Jr, g1
O Brasil registrou aumento nos casos de violência contra a mulher em 2024, segundo dados do Mapa da Segurança Pública de 2025, divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os feminicídios, que haviam apresentado queda no ano anterior, voltaram a crescer e alcançaram o maior número da série histórica: foram 1.459 casos em 2024, o equivalente a quatro mulheres mortas por dia. A Região Centro-Oeste manteve a maior taxa do país, com 1,87 feminicídios a cada 100 mil mulheres. O número está acima da média nacional, que foi de 1,34.
Os casos de estupro chegaram a 83.114 — o maior número dos últimos cinco anos. Em média, foram 227 pessoas estupradas por dia, sendo 86% do sexo feminino. Já nas taxas por 100 mil habitantes, o maior índice foi registrado em Rondônia (87,73), seguido por Roraima (84,68) e Amapá (81,96).
Assassinatos caem 5,5% no país
Embora os feminicídios tenham subido em 2024, os demais tipos de homicídios caíram, o que resultou em uma redução de 5,5% no total de assassinatos no país. A soma de homicídio doloso, feminicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte passou de 40.768 casos em 2023 para 38.509 em 2024.
A queda foi puxada, principalmente, pelos homicídios dolosos, que caíram 6,3%, e pelos latrocínios, que recuaram 1,6%. Assim como o feminicídio, as lesões corporais seguidas de morte também subiram (22,9%).
As mortes decorrentes de intervenções policiais caíram 4% em 2024. Foram registradas 6.134 mortes desse tipo no país, contra 6.391 em 2023.
Os crimes patrimoniais também registraram queda. São considerados crimes patrimoniais o furto e roubo de veículos, roubo de carga e roubos a instituições financeiras.
- Roubo de carga: redução de 13,6%
- Furto de veículo: redução de 2,6%
- Roubo de veículo: redução de 6%
- Roubo a instituição financeira: redução de 22,5%
Brasil apreende mais drogas e menos armas em 2024
As apreensões de entorpecentes aumentaram. Foram 1,4 mil toneladas de maconha aprendida em 2024, alta de 10% em relação ao ano anterior — uma média de 3,8 toneladas por dia. O volume é o maior dos últimos dois anos, mesmo sem a inclusão dos dados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, que não informaram seus números ao sistema do Ministério da Justiça até a data de consolidação do material.
Também cresceu a quantidade de cocaína apreendida (um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior). Foram apreendidas 137.357 kg da droga, o maior volume dos últimos cinco anos.
Assim como no caso anterior, os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro não informaram seus dados ao Ministério da Justiça até o fechamento do relatório, o que indica que os números reais podem ser ainda maiores.
No caso das armas de fogo, houve uma queda de 2,6% no total de apreensões. Em relação ao tipo de arma de fogo apreendida, o fuzil registrou o maior aumento percentual, com um crescimento de 43%, passando de 1.365 apreensões, em 2023, para 1.957, em 2024.