Nesta quinta-feira, 5 de junho de 2025, foi realizada a Ciranda de Encerramento de mais uma etapa do 1º Laboratório Organizacional Feminista de Território para Sustentação da Vida, realizado na Bahia. A cerimônia foi no Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), localizado no bairro da Federação, em Salvador.

As participantes receberam seus certificados e o Livro Memória foi entregue para cada uma das Comissões.

Muita animação, um sentimento que misturou tristeza por parecer que não continuaríamos com o processo cuidadoso, amoroso e de conquistas de cada uma e de todas, com a alegria de cumprir mais uma etapa da jornada de conhecimento e crescimento de todas e de cada uma.

Veja as fotos, leia o discurso do Cfemea e saiba mais sobre o Laboratório (no final tem o Livro Memória completo) ...

capa livro memoria lab ssaCapa do Livro Memória

 

helisleide livro

Helisleide (Leide) Bomfim recebendo seu Certificado e o Livro Memória

 

dandara muara

Dandara Muama recebendo seu Certificado

 

 lucia camila kinte

Lúcia Vasconcelos (com celular na mão) apresenta relato do Laboratório

 

ana sueli camppi

Ana Suely e integrantes da Rede Cammpi

 


encerramento ssa todasAzânia Leiro (à frente) tira uma self com todas as participantes

 

 talita carla dai mercia aurora

Talita, Carla, Daiane, Mércia e Aurora (bebê)

 

jaciara luana dandara

 

Discurso de Guacira Cesar de Oliveira, pelo Cfemea

Agradecimentos do CFEMEA

ao 1º Laboratório Organizacional

Feminista de Território para a Sustentação da Vida

Salvador, BA

5/6/2025

 

 

Hoje, quando concluímos o nosso Primeiro Laboratório Organizacional Feminista do Território para a Sustentação da Vida lembramos como esta ideia começou a germinar lá no CFEMEA. Estávamos em 2021, havíamos apenas passado e sobrevivido ao duríssimo período da pandemia e tínhamos a certeza de que a organização e o ativismo das mulheres haviam dado respostas à emergência e construído alternativas valiosíssimas, com cuidado, solidariedade, na luta, para a sustentação da vida frente à tamanho desastre. Como parte do Observatório de Direitos Humanos – Crise e Covid 19 que na época CFEMEA e Criola coordenavam, nós pesquisamos, sistematizamos e publicamos junto com SOS Corpo e AMB tais experiências das mulheres ativistas. Nessa publicação “Elas que lutam – as mulheres e a sustentação da vida na pandemia confirmamos serem as mulheres negras, periféricas, em movimento, que apresentavam a necessária mudança de paradigma, para traçar novos caminhos, de bases comunitárias, em um tempo que não é o do capitalismo, em defesa da agroecologia e da luta feminista antirracista. (...) Trazendo a sustentação da vida, o trabalho das mulheres, o cuidado e o autocuidado, um olhar sobre a economia, feminista e solidária, como centrais para vencermos todas as batalhas que estão postas pelos desafios da atualidade.

Em 2023 mesmo, começamos a construir a estratégia dos Territórios de Cuidado, Luta e Sustentação da Vida. E o Coletivo de Mulheres do Calafate, foi nosso parceiro desde a primeira hora. Afinal, vínhamos de uma longa caminhada de décadas na Articulação de Mulheres Brasileiras, na rede das Tecelãs do Cuidado, nas lutas feministas antirracistas pelo fim da violência contra as mulheres...

Investimos nossos esforços, colocamos nossos corações e mentes nesta jornada, dialogamos com outros coletivos (MECE e MCMT), nos reconhecemos, nos cuidamos, estivemos e estamos nos formando... reinventamos assim os Laboratórios Organizacionais como Feministas do Território para a Sustentação da Vida.

Desde que iniciamos essa jornada com vocês, aqui em Salvador, com seus coletivos, suas redes, nesses 60 dias em que estivemos mergulhadas nesta incrível, potente, transformadora e construtiva experiência laboratorial trocamos muitos saberes, vivemos experiências e desafios intensos, metaforicamente, juntamos muitos retalhos e preparamos fuxicos, com muitos fios estamos costurando uma belíssima colcha para sustentar a vida!

Porque a vida não se sustenta só com dinheiro, já sabemos que essa é uma mentira do racismo patriarcal. Na verdade, assim só se destrói a vida, nos invisibilizando, nos explorando e violentando... Nós sustentamos a vida com os fios do autocuidado e do cuidado coletivo, do amor, do pertencimento, da solidariedade, do reconhecimento mútuo, do nosso trabalho (produtivo e reprodutivo) e das nossas pausas, da nossa inteligência, da cooperação entre nós, sentindo-pensando, enfrentando dificuldades, processando conflitos, ultrapassando as fronteiras que nos separam, elaborando e realizando coletivamente, cocriando, aprendendo muito, individual e coletivamente!!!

Sustentar a vida é mais que um conceito feminista, é uma práxis para sustentá-la não como ela é (explorada, desumanizada, racializadas, colonizada), mas como ela pode vir a ser, e como desejamos que seja para cada uma de nós, para as nossas comunidades, aqui e agora, e também para os que virão depois de nós.

Com vocês, tecemos esse grande manto de fuxicos, estamos nos transformando profundamente.

Mais que novos conhecimentos e habilidades, a experiência organizacional do laboratório permitiu às mulheres que estão articular iniciativas econômicas autogestionárias reais. 

A criação de uma Agência de Turismo Comunitário é um projeto real, de promoção e comercialização de roteiros de turismo comunitário, e fortalecimento da rede urbana de roteiros do turismo comunitário. Vislumbram, ademais, a implantação de uma cooperativa de roteiros urbanos em Salvador e Região Metropolitana, numa perspectiva feminista, cooperativista, autogestionária e sustentada nos princípios da economia solidária.

O objetivo central da iniciativa é fortalecer os coletivos, associações e movimentos sociais de mulheres da cidade de Salvador e Região Metropolitana para atuarem na implantação e promoção de roteiros de turismo comunitário.

As comunidades locais que apoiam estão envolvidas no referido projeto estão localizadas na periferia urbana de Salvador – Fazenda Grande do retiro (Calafate), Calabar, Uruguai, Barro Duro e Lauro de Freitas – Parque São Paulo e se conectam à Rede de Turismo Comunitário da Bahia – Rede BATUC. Essas comunidades possuem suas identidades cultural e natural próprias, contribuindo para a diversidade de roteiros de turismo comunitário a serem ofertados.

Com base na história dessas comunidades, seus pontos turísticos, e nas práticas terapêuticas desenvolvidas nesses territórios serão formados @s pessoas guias desses roteiros de turismo, orientados pelos princípios feministas e da economia solidária.  

O projeto tem como apoio grupos comunitários de áreas urbanas de Salvador e Lauro de Freitas, protagonizados por mulheres, produções e equipamentos associados ao turismo comunitário e a Rede de Turismo Comunitário da Bahia – Rede BATUC.

Para o desenvolvimento desse projeto, o plano inicial para levantar recursos é estabelecer parcerias com empresas públicas e privadas, universidades, fazer ‘vaquinhas’, buscar doações, rifas, bingos e ainda uma cota R$ $1.000 de cada uma das integrantes desta empresa autogestionária.

A Produção Cultural é o foco de outra iniciativa autogestionária que emerge desse laboratório. Voltada às feiras itinerantes, a organização de rodas de leitura, bazares solidários, saraus, feijoadas, momentos de autocuidado e para o exercício da criatividade são algumas das atividades planejadas e pelas quais se espera fortalecer a rede, sua capacidade de análise crítica e habilidade para encontrar soluções. As tecnologias da informação e da comunicação são um recurso importante para o desenvolvimento dessa proposta....

Com o propósito de tecer redes de resistências e esperança e de transformar ideias em ação, surgiram as Mulheres que criam “Produção e Customização”. O projeto delas objetiva fortalecer a autonomia financeira das mulheres por meio da criação, produção e customização artesanal, inicialmente de bolsas e acessórios, unindo o conceito de moda sustentável, reaproveitando tecidos e materiais, e estimulando a expressão criativa para produzir peças únicas, comercializáveis, que valorizem a identidade pessoal. Para tanto, a estratégia é organizar uma cooperativa, começando por mobilizar e organizar as mulheres interessadas; oportunizar e articular processos de capacitação (precificação, marketing, técnicas de costomização etc) com possíveis parceiros (Sebrae, Ecosol, Ufba etc); formalizar legalmente a cooperativa; produzir e comercializar os produtos em feiras, redes sociais e pontos parceiros; promover a autoestima e a autonomia das participantes; e incentivar o empreendedorismo coletivo.

Outra iniciativa autogestionária emergiu no ramo da alimentação, para a produção de alimentos saudáveis, cardápios para dietas, de comidas típicas nordestinas e folclóricas, e também oferecer diversos tipos de chás. Reunindo o time de mulheres que integraram o laboratório, que são nutricionais, chefes e ajudantes de cozinha que contam com um bom apoio comunitário e podem treinar outras pessoas. O plano é desenvolver um aplicativo próprio, realizar vendas online, disponibilizando ficha técnica dos produtos oferecidos. Ademais, é preciso viabilizar instalações, obter equipamentos de cozinha, inclusive de segurança. Vislumbra-se que algumas cozinhas comunitárias, a princípio, possam ceder seu espaço na fase inicial desse empreendimento coletivo.  Também se observou que é necessário analisar melhor o mercado de clientes, assim como de fornecedores desses alimentos (agricultoras familiares, Ceasas, centros de abastecimentos, açougue, hortas comunitárias, quintal produtivos).

Cada um dos grupos que discutiu essas atividades econômicas, articuladas na forma de iniciativa autogestionária durante o Laboratório Organizacional Feminista para a Sustentação da Vida reconheceu a necessidade de:  ampliar o know how técnico na sua área específica; adquirir outros recursos tecnológicos e mercadológicos, tanto de clientes quanto de fornecedores; assim como equipamentos e veículos para abrir essas empresas para a sustentação da vida.

Para a sua sustentação financeira do negócio, entre as estratégias desenhadas destacam-se doações, créditos e outras formas de parceria a partir de:

  • Editais e Fundos Governamentais de apoio a esses ramos econômicos.
  • Parcerias com empresas privadas interessadas em investir nessas áreas.
  • Investimento e reinvestimento dos lucros obtidos nas próprias comunidades para garantir a sustentabilidade a longo prazo.
  • Fundo inicial composto pelas próprias integrantes das iniciativas.

Chegamos nesse momento de conclusão do nosso 1º Laboratório Organizacional Feminista do Território para a Sustentação da Vida e precisamos dar uma olhada pra traz, como a Sankofa, para nos apropriarmos da nossa trajetória: já temos estratégias para a sustentar a vida coletivamente, e para viabilizá-la várias iniciativas econômicas sendo autogestadas, já temos alguns projetos esboçados e uma assessoria para os próximos meses, aguardamos os recursos de emenda parlamentar compromissada pela Deputada Lídice da Mata, esperamos contar com a parceria das deputadas estaduais, vereadoras, da secretaria de políticas para as mulheres para seguirmos nesta empreitada. Foram muitos passos, muitos avanços sumamente importantes. Ninguém disse que seria fácil, ninguém tinha certeza que ia dar certo e ainda não temos, é um processo, está em curso... e como somos de luta, não nos apegamos ao pessimismo porque é reacionário, paralisante, não nos rendemos a ele!

E neste sentido, gostaríamos de compartilho com vocês os versos de uma poetisa lá do cerrado a Keyane Dias:

O sabor da vida que quer vida é temperado com doses de coragem e punhados de entrega para nutrir as que têm sede de plenitude.

Se o apego desencaminha o passo, é de coração aberto que se movem as que preparam o novo banquete. A mesa será posta de liberdade.

Liberdade de sonhar, liberdade de criar, de pensar-sentir fora da sentença que nos condena à submissão, à violência, à exploração.

Então, a equipe do CFEMEA – Gabriela, Guacira, Iáris, Ivônio, Isabel, Mirla e a nossa consultora Suely, junto com a equipe do CMC Marta, Azânia e Daiane, e a Mariza do MECE, a gente quer dizer para vocês que estamos juntas, muitíssimo satisfeitas com essa nossa parceria.

Agradecemos demais a cada uma de vocês pela convivência, pelas trocas, pelos laços que unem o CFEMEA ao Coletivo de Mulheres de Calafate, ao MECE – Movimento de Educação e Cultura da Estrutural, ao MCMT – Mulheres Cuidando e Movimentando Territórios, à Rede de Mulheres Negras da Bahia; Rede BATUC, Rede CAMMPI, ao Núcleo da AMB de Lauro de Freitas - BA, Fórum Trans Travesti da Bahia – Fonatrans, ao Coletivo Corpo e Mente Livres, Sambadeiras do Parque São Paulo, Coletivo Resistência Preta, Mulheres Empreendedoras de Cajazeira e Adjacências, Grupretas, Reprotai e Alagados Turismo Comunitário, Ammiga, Fórum de Mulheres, ADOCCI, Rede de Alimentação de Economia Solidária ,Coletivo Mulheres de Fibra Calabar, Coletivo de Mulheres Africana da Unilab/ Rede de Mulheres Negras da Bahia, Associação de Estudantes e Amigos da África, Coletivo de Mulheres Africanas, coletivo Abayome, Instituto Búzios; Papo de Mulher, Cooperativa de Alimentação de Economia Solidária; Instituto de Mulheres Negras Tereza de Banguela, Motirô Bahia, Rede de Comunidade Saudável de Salvador Bahia  (RCSSBA); Afoxé Filhos do Congo;  Apoemas, e Terra de Ifé.

Agradecemos também OAK, Fundação Ford, Fundação Heinrich Böll - HBS, e Fos Feminista, que confiaram na gente e com as suas doações nos possibilitaram avançar.

Nossos aplausos, muitos aplausos por todos esses esforços, por tanta ousadia, disposição e coragem! Dias Mulheres Virão!!!

OAK logo ford logo

HBS logo
FOS Logo
Entidades que apoiaram financeiramente o Cfemea para reallizar essa atividade

 

abertura laboratorio salvador

Saiba mais

Laboratório Organizacional Feminista de Território para a Sustentação da Vida

O que é?

O Laboratório Organizacional Feminista de Território para a Sustentação da Vida é uma metodologia para apoiar as mulheres em seus territórios periféricos urbanos (favelas, comunidades pobres, agrupamentos urbanos vulneráveis, coletividades onde as mulheres vivem cercadas pela violência etc.) para que construam alternativas coletivas de geração de renda e promovam autonomia econômica sem que elas sejam obrigadas a agir de forma a abandonar suas famílias e suas práticas de cuidado se não quiserem ou não puderem.

O que está sendo construído, com auxílio de mais de uma dezena de coletivos de mulheres negras de Salvador e Região Metropolitana (Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Mata de São João, entre outros) é uma forma nova de construir empreendimentos coletivos formados ou dirigidos por mulheres. São cooperativas, entidades associativas, microempresas coletivas, empreendimentos da economia solidária feminista, que visam gerar renda em situações coletivas que preservem o autocuidado e o cuidado coletivo das mulheres, adaptando as formas de produção e realização dos serviços às condições das mulheres que participam das empresas ou cooperativas.

Na Bahia, o Laboratório está sendo coordenado pelo Coletivo de Mulheres do Calafate - CMC, em articulação com o Centro Feminista de Estudos e Assessoria – Cfemea e o Movimento de Educação e Cultura da Estrutural – MECE, ambas entidades com sede no Distrito Federal.

Como surgiu?

Os Laboratórios Organizacionais Feministas são criação do programa de Territórios de Cuidado, Luta e Sustentação da Vida criado originalmente pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria – Cfemea, entidade feminista com 36 anos de existência e sede em Brasília, como complemento de sua metodologia de autocuidado e cuidado coletivo entre ativistas, que se desenvolve há mais de 15 anos e já é adotada por coletivos da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras sem Terra (MST), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Comissão Pastoral da Terra (CPT) entre outros.

A metodologia dos Laboratórios Organizacionais Feministas se nutre também de uma vasta experiência histórica que se inicia nas Ligas Camponesas, em 1954, em Pernambuco, cujo processo de organização inspirou um de seus dirigentes e intelectuais orgânicos, o baiano de Santa Maria da Vitória, o sociólogo, jornalista e político Clodomir Santos de Moraes. Ele desenvolveu um método de capacitação massiva que foi testado e bastante utilizado por vários órgãos da Nações Unidas na América Central, África e Ásia entre a década de 1970 e 1990. Quando Clodomir de Moraes retorna ao Brasil no final da década de 1980, instala-se na Universidade de Brasília e cria o Instituto de Apoio Técnico aos Países do Terceiro Mundo (IATTERMUND) e realiza, nos anos seguintes, até o final da década de 2010, centenas de Laboratórios como instrumentos de políticas de geração de emprego e renda do governo federal e de vários governos estaduais, especialmente o governo de São Paulo.

O Laboratório Organizacional Feminista é uma evolução tanto da metodologia de autocuidado e cuidado coletivo, quanto da capacitação massiva de Moraes. E está sendo construído e testado pelo movimento feminista.

O que está sendo feito na RM de Salvador?

Os coletivos e movimentos feministas e de mulheres negras da Região Metropolitana de Salvador indicaram 43 mulheres para um processo formativo dividido em três etapas. A primeira etapa presencial, de 18 dias, foi realizada no Espaço Cultural dos Alagados (Uruguai), onde, de forma intensa, se realizou um processo de vivência de processos coletivos de aprendizado e de cuidado. A segunda etapa, em espaço virtual da Universidade Livre Feminista Antirracista – ULFA, durante 42 dias as mulheres que permaneceram no processo (agora 39 até o final), realizaram trilhas formativas (mini-cursos) e continuaram a se reunir em comissões de trabalho e nos grupos econômicos que criaram. No caso desses grupos econômicos, forma criadas iniciativas econômicas nas áreas de Alimentação e Saúde, Moda e Confecção, Turismo Comunitário e Produção Cultural. A terceira fase, com duração de oito meses, é o processo de constituição das empresas ou empreendimentos coletivos, quando as mulheres que desejarem continuar receberão apoios técnicos, organizativos, jurídicos e financeiros para criarem de forma autogestionária e autônoma os empreendimentos que planejam realizar.

 

Respostas no questionário de avaliação:

Minha participação no Laboratório Feminista foi uma experiência potente e transformadora para minha individual, contribuí ativamente com o desenvolvimento da metodologia do projeto, trazendo as especificidades e os desafios vivenciados no meu território. É fundamental que a discussão seja feita, para todas consigam entender realidades do território que possam ser construídas de modo a realizar as mais variadas tarefas e se conectar com os objetos concretos necessários fortalecendo que já temos e ampliando os sabes para outras que estão chegando.

Aprendi a valorizar a organização, dar importância aos horários e também "contar o tempo", o que não gostei. Achei uma dinâmica de vigilância e que ia na direção de uma das pautas do laboratório: "não julgar", e sim houve julgamentos, porque o que nos observava não tem coração (plataforma) e sim é um sistema digital.

Melhorando minha visão para construções de projetos para empregabilidade para mulheres trans travesti no Fonatrans.

Sim pois aprendemos conhecimentos e nesse conhecimento, que com esses aprendizados podemos dar uma continuidade para a sustentação da vida. Meus horizontes foram ampliados

Em entender melhor como criar um projeto e organizar uma cooperativa

Incrível me sentir muito fortalecida

Aprendi que podemos nos superar, que somos vitoriosas, aprendi a me organizar, a planejar e aprendi a impor limites, a dizer não. Que unidas somos mais fortes.

Antes eu pensava apenas na alternativa para sustentação da vida e hoje eu penso em algo que promova sustentação e auto cuidado.

O Laboratório foi essencial para ampliar a minha visão sobre como podem se estruturar Iniciativas sociais e o mais importante que é possível delas surgirem fontes de renda. E o mais impactante para mim foi a oportunidade de poder aprender com todas as mulheres que conheci e sr Ivonio. Gratidão

Me auto cuidar em meio à correria desse mundo

Adquiri conhecimentos importantes no laboratório feminista, irei levar para vida!

Aprendi a desenvolver trabalhos, experiência incríveis que contribuiu para meu crescimento

Passei a olha mais para mim e ter mais tranquilidade para resultados

PASSEI A TER UMA MELHOR CONCIENTIZAÇÃO COM A OUTRA, EM SE TRATANDO DE TRABALHOS EM GRUPOS, ME COMPROMOTENDO COM MINHAS RESPONSABILIDADES E CONCIENTIZANDO TODAS AS OUTRAS AO MEU REDOR.

O Laboratório me trouxe expectativas, saberes e conhecimento, muito aprendizado que eu (nome real) não fazia ideia, e estar dezoito dias com 43 mulheres de outros seguimentos, ideologias, ideias, costumes diferentes foi um grande desafio para mim.

Me estimulou a refletir sobre questões inteligentes a favor da sustentabilidade através de variados grupos com interesses em comum

Na questão do equilíbrio, social, interação, harmonia etc.

O autodesenvolvimento e a liberdade individual.

Em todas as questões abriu muito a minha mente para coisas que eu nem sonhava que existia. Conheci pessoas novas e pessoas interessantes que algumas vão ficar para o resto da minha vida, como a companheira Malu e outras. É claro né como tudo, tem um momento ruim?  Teve, mas avaliando o total foi tudo foi 100% de contentamento.

Como planejar e executar

Entendi um pouco sobre o tema e pude ler materiais sobre.

O Laboratório me proporcionou uma visão mais clara sobre a importância da colaboração e do apoio mútuo na busca por soluções dos desafios que enfrentamos. Essa vivência me fez perceber que ao trabalharmos em grupos  harmoniosos podemos criar um futuro mais sustentável. Sinto que estou mais preparada para fazer escolhas mais consciente e contribuir para preservação de planeta muito melhor

Sim, no meu auto cuidado e entender que tenho de pensar no meu bem estar para poder cuidar dos outros em valorizar o meu trabalho pensando que eu posso até fazer social, voluntários preciso comer, vestir e que eu tenho que conhecer e aceitar os meus limites da minha mente doeu corpo da minha saúde.

Sim, ajudou bastante meu progresso como empreendedora.

Tive o prazer de ter apoio e auto cuidado devido a situação de saúde, ampliei meus conhecimentos principalmente na área Gestionária coletiva, com economia comunitária e elaboração de projetos

A importância do auto cuidado e do cuidado coletivo.

Trouxe informações e abriu caminhos que me fizeram pensar que poderia ser possível algo que achava distante da minha realidade em relação a um empreendimento seguindo o modelo de cooperativismo como forma eficiente de construir uma iniciativa para sustentar a vida.

O Laboratório Organizacional da sustentabilidade da vida com certeza já está fazendo uma grande diferença na minha vida, hoje me sinto mais forte e aguerrida para pôr em prática tudo que aprendi. Os horizontes estão se abrindo significante em todos os sentidos evolutivos.

Através de tantas informações e relato de experiências vividas, das atividades do auto cuidado e cuidado coletivo.

A possibilidade de trabalhar com as questões de interação social é ter minha sustentabilidade

Como todos sabem que passei por um AVC onde tive vários problemas como não falava, lia, não sabia escrever. Entrei no laboratório falando com um pouco de dificuldade, lia e escrevia. Mas tinha esquecido de todo o aprendido do digital, internet, redes sociais. Mas com a ajuda do padrinho, madrinhas, companheiras da comissão e meu neto ajudando em casa sai em frente. Hoje já envio e-mail, fiz e encaminhei crônicas para a plataforma, assisti os vídeos e li toda a informação que instrutoras (o) colocaram. Me sinto feliz de ter permitido ficar no laboratório com apoio de muitas. Obrigado a todas as participantes que me incentivo, as madrinhas, o padrinho que de asas para poder voar e acreditando que eu conseguiria. Obrigado a todas instrutoras e coordenação.

Aprendi muito sobre Cooperativas, como atividade autogestora

Em relação as possibilidades de novas parcerias.

 

Conheça logo abaixo o Livro Memória do Laboratório. Caso não esteja vendo o arquivo aberto, você pode baixar no endereço https://www.cfemea.org.br/images/PDF/Livro_memoria_lab_salvador.pdf

 


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