O que as prefeitas eleitas pretendem fazer na sua gestão para combater a violência contra a mulher? Aproveitamos o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher (25 de novembro) para entrevistar algumas prefeitas, principalmente de capitais que falaram sobre os projetos que pretendem desenvolver para evitar que as mulheres continuem sendo vítimas da violência.

A prefeita Wilma Faria eleita pelo PSB exerce pela terceira vez o mandato na prefeitura de Natal, o que lhe permite dar continuidade aos programas que buscam combater a violência contra a mulher. Foi na sua gestão, no começo deste ano, que foi criada a Casa Abrigo em Natal. Foi inaugurado, ainda, o Serviço de Assistência Social e Jurídica à Mulher. O Serviço atende mulheres que necessitam de apoio em diversas áreas, principalmente no encaminhamento de processos de violência. As mulheres de Natal também podem realizar o aborto legal, quando são vítimas de estupro. Cumprindo a Norma Técnica do Ministério da Saúde, a prefeita Wilma Faria, em 1999, em conjunto com o Governo do Estado, disponibilizou o Hospital Santa Catarina para realizar o Serviço de Aborto Legal. Na atual gestão Wilma Faria pretende lançar o “Plano Estadual de Combate a Violência Sexista e Promoção de Saúde da Mulher”. “É preciso lembrar que a questão da violência contra a mulher não é só de responsabilidade do poder público. Precisamos convocar a sociedade para que essas questões não fiquem adormecidas”, avalia a prefeita.

Também eleita pelo PSB para a Prefeitura de Maceió, Kátia Born sempre procurou defender as reivindicações das mulheres. Lembrou que em 85, quando era deputada estadual, produziu o Primeiro Dossiê sobre Violência Contra a Mulher em Alagoas.Em setembro deste ano inaugurou a Casa Abrigo e pretende na sua nova gestão criar o Centro de Referência da Mulher. As mulheres vítimas de estupro poderão ser atendidas no Centro. Kátia vai reivindicar que o Hospital Sanatório atenda essas mulheres.

Tereza Jucá, do PSDB, é mais uma prefeita eleita pela segunda vez para a prefeitura de Boa Vista.Na cidade não existe Delegacia da Mulher.Tereza pretende agora criar a Guarda Municipal Feminina que vai realizar um trabalho preventivo com mulheres procurando combater a violência.Vai inaugurar ainda o Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher que vai atender as mulheres vítimas de violência. “O aborto legal tem que ser instituído como uma alternativa para ajudar as mulheres vítimas de violência” defende ela.

Em Olinda, a prefeita eleita pela primeira vez pelo PC do B, Luciana Santos, afirma que a cidade é carente de programas de apoio às mulheres. Pretende implantar a Delegacia da Mulher e Casa Abrigo na sua gestão. “ Nossa disposição é total.Defendemos os direitos das mulheres e temos um grande aliado que é o Fórum de Mulheres de Pernambuco”, afirma.


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