Seja na internet ou  na televisão, é notável o aumento de jornalistas negras que estão atuando em bancadas ou como repórteres. Essa presença entre comunicadoras, tem sido referência para que estudantes de jornalismo se enxerguem e encontrem caminhos possíveis para atuar. 

 

Portal Geledés, por *Fernanda Meneses

jornalistas negras geledes

Jornalistas negras - Montagem Portal Geledés

 

Mesmo com essa representatividade, o número de mulheres negras nos três principais veículos de comunicação do Brasil é de 4,6% (3% no Estadão, 5% na Folha de São Paulo e 6% no O Globo), de acordo com o levantamento realizado em 2021 pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa/Uerj), em parceria com a Rede Jornalistas Pretos. O que evidencia a misoginia e racismo ainda presente na cultura institucional desses espaços. 

Apesar de não ser um veículo de comunicação, em novembro de 2023, o Portal Geledés ganhou o prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, uma iniciativa importante, que reconhece o trabalho de diferentes profissionais e veículos de comunicação negro.

A premiação foi mais um passo importante para o reconhecimento e fortalecimento dos veículos que dão voz, principalmente à mulher negra e serve como um incentivo para que as empresas de comunicação adotem políticas que integrem essas mulheres jornalistas aos seus quadros de profissionais.

A porcentagem de mulheres negras nos três maiores veículos evidencia ainda mais a falta de representatividade e extrema urgência de uma mudança de pensamento e práticas que precisam ser adotadas dentro do jornalismo no país. Essa falta de representação limita a diversidade de perspectivas e experiências no meio midiático, além de limitar as discussões relacionadas às narrativas negras.  

Apesar de pouca representatividade, em relação às mulheres brancas, existe uma gama de mulheres negras como, Rita Batista, Maju Coutinho e Gabi de Pretas, que vêm fazendo um ótimo trabalho levando informação para a sociedade. Pensando nisso, Geledés separou dez comunicadoras negras que já desempenharam e desempenham um papel importante na construção da representatividade negra na comunicação.

Majú Coutinho 

Majú Coutinho – Foto: Globo/ Fabio Rocha

 

Primeira repórter negra a apresentar a previsão do tempo no Jornal Nacional, Maju já foi repórter da Tv Cultura e hoje comanda a revista eletrônica dominical da Rede Globo, Fantástico. Maju já apresentou também o Jornal Hoje, deixando o telejornal para se dedicar integralmente ao Fantástico.

 

Rita Batista 

Rita Batista – Foto: Globo/ João Miguel Júnior

A baiana começou a carreira na Rádio Metrópole em Salvador, mas ficou conhecida depois de apresentar o Band Folia, durante o carnaval na emissora. Rita também foi jornalista da TVE e TV Aratu em Salvador. Hoje ela faz parte da equipe que comanda o programa “É de Casa” da Rede Globo.

 

Gabi de Pretas 

Gabi de Pretas – Foto: Arquivo Pessoal

Gabi é uma influencer que começou a carreira fazendo vídeos para o Youtube, criando o Canal de Pretas, depois de começar a pesquisar sobre como a estética da mulher negra era representada nas redes sociais. Ela se destaca por sua abordagem e compromisso em trazer à tona questões importantes como o afeto para com a mulher negra e adoção.

 

Semayat Oliveira 

Semayat Oliveira – Foto: Jef Delgado

Jornalista e escritora, ela é Co-fundadora e diretora de conteúdo do “Nós, Mulheres da Periferia”, site jornalístico que desde 2014 vem repercutindo a opinião e a história de mulheres negras e periféricas. Semayat é também consultora de jornalismo e co-apresentadora do podcast Mano a Mano.

 

Claudia Alexandre

Claudia Alexandre – Foto: Leonardo Vitulli

 

Jornalista e apresentadora de rádio e TV, é escritora e doutora em Ciência da Religião pela PUC-SP. Nos anos 90 se tornou a principal voz feminina negra do radialismo paulistano, contribuindo para o fortalecimento de mais mulheres negras no jornalismo.  Claudia foi assessora da Fundação Cultural Palmares e assessora de comunicação do Museu Afro-Brasileiro e da União das Escolas de Samba Paulistanas.

Jéssica Moreira 

Jéssica Moreira – Foto: Diego Padgurschi

 

Co-fundadora e gestora do “Nós, Mulheres da Periferia”, Jéssica atua como repórter, produtora de conteúdo, podcaster e roteirista. É produtora de conteúdo do programa Encontro, da Rede Globo e co-autora do “Morte Sem Tabu” (Folha de S. Paulo). Foi a responsável pela Oficina de Escrita do Curso e Multimídia do Geledés, curso voltado aos jovens pretos da cidade de São Paulo.

 

Flávia Oliveira 

Flávia Oliveira (Foto: Arquivo/ O Globo)

 

Jornalista e economista é reconhecida por sua atuação como colunista do jornal O Globo e do programa “GloboNews Em Pauta”. Além disso, apresenta ao lado de sua filha, Bela Reis, o podcast “Angu de Grilo”, onde elas abordam temas da atualidade, além de tratarem de pautas como racismo, política e maternidade. Sua abordagem franca e comprometida a destaca como uma das principais vozes do jornalismo brasileiro.

 

*Fernanda Menezes é jornalista e escreve para o Portal Geledés. 

fonte:https://www.geledes.org.br/jornalistas-negras-para-voce-acompanhar/

 


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