Boitempo Editorial

Autora: Judith Butler

Tradução: Heci Regina Candiani
Orelha: Amanda Palha

Páginas: 276

Quem tem medo do gênero?

Neste seu primeiro livro não acadêmico, Judith Butler analisa como o “gênero” se tornou central em discursos conservadores e reacionários, um fantasma com o objetivo de criar pânico moral e angariar apoio popular a projetos políticos fascistas, autoritários e excludentes.

Intervenção essencial em uma das questões mais inflamadas da atualidade, Quem tem medo do gênero? é uma convocatória arrojada a construir uma coalizão ampla contra as novas formas do fascismo. “É  crucial que a política de gênero se oponha ao neoliberalismo e a outras formas de devastação capitalista e não se torne seu instrumento”, insiste Butler.

Em tempos sombrios, Butler nos oferece uma obra esperançosa de análise social e política. Ao abordar uma ampla variedade de temas – das feministas radicais transexcludentes ao novo populismo de direita, passando pelos ataques aos direitos reprodutivos, a dicotomia natureza/cultura, o debate sobre atletas trans e os legados colonial e racial do dimorfismo de gênero, entre outros –, o livro articula um robusto esforço emancipatório de imaginar novas possibilidades de liberdade e solidariedade.

O conservadorismo no Brasil, crescente nos últimos anos, é um dos objetos de análise da obra. Butler conta que o livro começou a ser desenvolvido em 2017, após sua visita ao Brasil, onde foi barbaramente hostilizada por manifestantes “antigênero”: “No aeroporto de São Paulo, minha parceira, Wendy Brown, e eu, fomos confrontadas por pessoas que nos ameaçaram de agressão física. Agradeço ao jovem da mochila que jogou o corpo entre mim e um agressor, recebendo os golpes que me eram dirigidos. Gostaria de saber o nome dele, mas tudo que tenho é a imagem dele travando uma briga no chão do aeroporto. Esse estranho extraordinário e a coragem manifesta de Wendy reforçaram a minha crença tanto na ética espontânea como na solidariedade política. Ao refletir sobre quem eram aquelas pessoas furiosas que nos acusaram de um conjunto caótico e sinistro de crimes sexuais, decidi escrever sobre o movimento contra a ideologia de gênero”.

“Só mesmo o intelecto e confiança moral deslumbrantes de Judith Butler para nos orientar no labirinto de projeções, confissões, deslocamentos e cooptações que constitui as atuais guerras travadas em torno do gênero. É o sonho de um poder masculinista autoritário ultrapassado que une as diversas frentes dessa batalha – e somente a solidariedade entre todas as pessoas que se encontram na mira do fascismo pode nos salvar. Este livro é uma intervenção profundamente urgente.”

Naomi Klein

 

 

Judith Butler é filósofa e professora da Universidade da Califórnia. Possui uma extensa obra que, sempre em diálogo com a teoria crítica e a psicanálise, busca investigar questões como identidade e performatividade de gênero, ética e política das relações sociais, poder do Estado, vida e morte. Pela Boitempo publicou Caminhos divergentes: judaicidade e crítica do sionismo (2017) e A força da não violência (2021).  

 

Por que falar de gênero incomoda? Veja a resposta de Judith Butler para a TV Boitempo.

 

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