Pelo menos 599 foram feminicídios consumados é o que informa o Laboratório de Estudos de Feminicídios (LESFEM) da Universidade Estadual de Londrina (PR)
O Monitor de Feminicídios no Brasil (MFB), do Laboratório de Estudos de Feminicídios (LESFEM), registra casos de feminicídios ocorridos em todo território nacional, por meio de notícias veiculadas pela imprensa, com auxílio de ferramentas digitais para pesquisa. Os critérios de classificação incluem feminicídios consumados e tentados, valendo-se da interpretação de diretrizes e protocolos nacionais e internacionais sobre investigação de mortes violentas de mulheres (consumadas ou tentadas).
O relatório apresenta os dados de janeiro a junho de 2023 e lista as notícias de cada estado mais o Distrito Federal.
A média diária foi de 3,32 feminicídios consumados no Brasil.
Os crimes foram distribuídos em 537 municípios do país, em todos os estados e Distrito Federal.
Domingo foi o dia da semana com mais ocorrências de feminicídios.
Maio foi o mês com mais feminicídios no Brasil.
Link para o relatório: https://sway.office.com/HfVKjP73D6B8z65m?ref=Link&loc=mysways
Acesse o relatório completo |
Para conhecer mais detalhes do Monitor de Feminicídios no Brasil, visite o site do LESFEM. |
LESFEM |
Para conhecer mais detalhes do Mapa Latinoamericano de Feminicídios (MLF), visite o site do MundoSur. |
MundoSur - MLF |
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A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil
A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil. Em 2022, foram mais de 2.400 casos registrados, sendo que quase 500 foram feminicídios, ou seja, a cada dia ao menos uma mulher morreu apenas por ser mulher. Os dados são da Rede de Observatórios da Segurança.
Formas de salvar as vidas e de acolher essas mulheres estão sendo debatidas nesta segunda-feira (17) e terça-feira (18) no 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, em Brasília.
A Casa presta atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência. São oferecidos, por exemplo, serviços de acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; acesso à Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
No encontro são trocadas experiências sobre o trabalho realizado na Casa da Mulher e também atualizadas as diretrizes e protocolos de atendimento.
“Para que não tenhamos cada local com uma casa isolada, sozinha, nós precisamos ter uma linha de atendimento, uma linha da qualidade, da efetividade do resultado, enquanto uma política nacional que vai dar conta de respaldar a vida das mulheres e garantir segurança no atendimento”, explicou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
“Estamos falando de mulheres indígenas, negras, de periferia, quilombolas e ribeirinhas que estão em todos os lugares onde a violência também está muito presente. Então é muito importante essa adequação, esse olhar especial para essa diversidade. Não podemos mais pensar em uma casa com atendimento de forma padronizada”, disse a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara sobre a importância do acolhimento diferenciado.
O governo federal anunciou em março a construção de 40 novas Casas da Mulher. Na Bahia, serão quatro, com investimento de R$ 47 milhões, nas cidades de Feira de Santana, Itabuna, Irecê e Salvador, com previsão de serem inauguradas em outubro.
Já na Paraíba, serão construídas outras duas, uma em João Pessoa e outra em Patos, com investimentos de R$ 30 milhões.
As sete unidades em funcionamento estão localizadas em Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Boa Vista, São Luís e na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal.