Quase lá: Indígenas e quilombolas lideram projetos de pesquisa na Capes

NEm Mato Grosso, o curso de antropologia social abre espaço para os saberes tradicionais e estimula que mais quilombolas e indígenas entrem no ensino superior

Aline Gouveia
postado em 05/06/2023 14:13 - Correio Braziliense

 

 (crédito: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)
(crédito: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)

No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta segunda-feira (5/6), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) destaca que um conjunto de iniciativas que têm contribuído para assegurar a presença de indígenas e quilombolas nos programas de pós-graduação e na formação de professores da educação básica. Além de dar visibilidade aos saberes tradicionais, para a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Teresinha Valéria da Silva, liderar um projeto de pesquisa de pós-graduação serve também para estimular outros quilombolas a seguir o caminho até a universidade.

Teresinha está desenvolvendo um estudo etnográfico com as mulheres do Quilombo Mata Cavalo de Cima e Mutuca, no Mato Grosso. “Na minha pesquisa, investigo as técnicas e as artes transmitidas pelas mestras de saberes para as novas gerações, como o uso de ervas medicinais na produção de remédios e cuidados com a saúde, que hoje são utilizadas dentro da própria comunidade”, explica.

No Mato Grosso, há 60 comunidades quilombolas e 43 povos indígenas. O curso de mestrado em antropologia social da UFMT foi criado em 2013, com o intuito de garantir o acesso de povos tradicionais ao ensino superior. “Uma ação principal para os estudantes indígenas é a não obrigatoriedade do exame de proficiência em língua estrangeira, pois eles são bilíngues, ou falam três línguas, ou quatro línguas. As bolsas da Capes são fundamentais como política de inclusão e permanência de estudantes provenientes de aldeia indígena ou de comunidades quilombolas”, destaca Sônia Regina Lourenço, professora e supervisora do Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia (Musear).

Os povos tradicionais, como indígenas e quilombolas, mantêm uma relação bem próxima com o meio ambiente e usam os recursos naturais de maneira que não causa impacto ambiental — por isso eles são comumente chamados de guardiões da floresta. “O curso vem justamente para tentar fazer pesquisas que envolvam a diversidade ambiental e populacional, e mostrar a relevância desses grupos que foram subordinados e sofreram violência durante séculos no País”, afirma Moisés Lopes, coordenador do curso de antropologia social.

Com informações da CAPES*

 

fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/ensino-superior/2023/06/5099615-indigenas-e-quilombolas-lideram-projetos-de-pesquisa-na-capes.html


Matérias Publicadas por Data

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...