A bancada feminina deverá iniciar a nova legislatura com 15 senadoras, o maior número de mulheres exercendo mandatos no Senado em toda a história. O crescimento é resultado da chegada de quatro suplentes que substituirão membros nomeados para o ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Da Agência Senado | 06/01/2023, 18h14

 

 

Com esse tamanho, se a bancada feminina fosse uma bancada partidária, ela seria a maior da Casa. A projeção neste momento é que o PL ou o PSD tenham a maior bancada neste ano, mas nenhum dos partidos deve ter mais de 14 senadores. Novas filiações podem mudar esse quadro até fevereiro, quando começa a legislatura.

As eleições de outubro haviam indicado uma redução do número de senadoras em relação à legislatura anterior: seriam 11. Desse grupo, seis estão na segunda metade do mandato, quatro foram eleitas em outubro e uma assume mandato cujo titular foi eleito para o governo estadual. No início do ano, cinco senadores que têm mandato na legislatura que se inicia foram nomeados para o ministério de Lula, e quatro deles têm uma mulher como primeira suplente. 

Uma dessas suplentes é Margareth Buzetti (PSD-MT), que já exerceu mandato de senadora entre junho e outubro de 2022. Ela volta a ocupar o lugar de Carlos Fávaro (PSD-MT), que foi para o Ministério da Agricultura. Margareth era filiada ao PP na sua última passagem pelo Senado, mas mudou de partido em dezembro.

As outras três suplentes substituirão senadores que foram eleitos em 2022:

  • Augusta Brito (PT-CE) é deputada estadual desde 2015 e foi duas vezes prefeita do município de Graça (CE). Na Assembleia Estadual, foi líder do governo e chefia a Procuradoria Especial da Mulher. Vem para o lugar de Camilo Santana (PT-CE), ministro da Educação

  • Ana Paula Lobato (PSB-MA) é a atual vice-prefeita de Pinheiro (MA). Com 38 anos, ela será a senadora mais jovem da legislatura e a mulher mais jovem no Senado desde Heloísa Helena (AL), que tomou posse em 1999 aos 36. Vem para o lugar de Flávio Dino (PSB-MA), ministro da Justiça.

  • Jussara Lima (PSD-PI) não tem cargo atualmente, mas já foi vereadora e vice-prefeita em Fronteiras (PI). Ela é esposa do deputado federal Júlio César (PSD-PI) e mãe do deputado estadual Georgiano Neto (MDB-PI). Vem para o lugar de Wellington Dias (PT-PI), ministro do Desenvolvimento Social.

Os senadores nomeados para ministérios não renunciam ao mandato e, caso deixem suas pastas, assumem a cadeira. Dessa forma, serão 11 as senadoras titulares do próprio mandato.

O tamanho da bancada feminina depende da confirmação de que serão as primeiras suplentes que tomarão posse no lugar dos senadores licenciados. Há dois casos em que a segunda suplente da chapa também é uma mulher: Janaína Farias (PT-CE) na chapa de Camilo Santana e Maria de Lourdes (PCdoB-MA) na chapa de Flávio Dino.

BANCADA FEMININA

Eleitas em 2018:

Eliziane Gama (Cidadania-MA) - LÍDER

Daniella Ribeiro (PSD-PB)

Leila Barros (PDT-DF)

Mara Gabrilli (PSDB-SP)

Soraya Thronicke (União-MS)

Zenaide Maia (PSD-RN)

Eleitas em 2022:

Damares Alves (Republicanos-DF)

Dorinha Seabra Rezende (União-TO)

Teresa Leitão (PT-PE)

Tereza Cristina (PP-MS)

Suplente, vira titular:

Ivete da Silveira (MDB-SC)

Suplentes de ministros:

Ana Paula Lobato (PSB-MA)

Augusta Brito (PT-CE)

Jussara Lima (PSD-PI)

Margareth Buzetti (PSD-MT)

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/01/06/com-suplentes-bancada-feminina-sera-a-maior-da-historia

 


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