Presidentes do Brasil e da Fifa se reuniram durante COP28 e trataram sobre a candidatura do país para sediar a competição mundial em 2027
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com Gianni Infantino, presidente da Fifa, em Dubai, durante a COP28. Eles trataram da realização da Copa do Mundo Feminina no Brasil, em 2027.
O encontro foi no último fim de semana. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentará, nesta semana, em Zurique, na Suíça, a candidatura oficial do Brasil para sediar a competição mundial. O prazo para entrega das propostas se encerra nesta quinta-feira (7/12).
O Brasil é o grande favorito para sediar a próxima edição do torneio, que, em 2023, foi realizado na Austrália e na Nova Zelândia. O governo federal, em parceria com a CBF, tem se empenhado para que a competição seja realizada em solo brasileiro.
O favoristismo brasileiro ganhou força nos últimos dias. Isso porque um dos países que se candidataram — a África do Sul — desistiu de sediar o evento e abriu espaço para a proposta do Brasil. No momento, a candidatura de três países –Bélgica, Alemanha e Holanda — surge como principal concorrente à brasileira.
A sede do certame será anunciada oficialmente pela Fifa em maio de 2024.
Briga política preocupa Fifa
Apesar das tratativas com o governo brasileiro, a Fifa vê com preocupação movimentos políticos no sentido de afastar o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Isso afetaria não só a candidatura do Brasil como sede do torneio de futebol feminino como também provocaria a suspensão de equipes em competições como o Mundial de Clubes e a Libertadores. Neste caso, a participação do Fluminense, campeão da Libertadores 2023, seria prejudicada. O tricolor disputa o torneio a partir do dia 12 de dezembro.
Na última semana, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, dois ex-presidentes da CBF, iniciaram um movimento que tem por objetivo afastar Ednaldo Rodrigues do comando da Confederação.
A intenção dos ex-presidentes da entidade, porém, é para anular a eleição do atual mandatário e indicar um interventor.
A briga política chegou ao conhecimento da Fifa. A entidade tomou atitude logo após a Justiça do Rio de Janeiro pautar para esta quinta-feira (7/12) uma ação que pode anular um acordo entre a CBF e o Ministério Público, que ajustou o estatuto da Confederação.
Na última quarta-feira (29/11), a Fifa emitiu um comunicado à CBF. A entidade reafirmou que os filiados devem resolver suas pendências sem a interferência de terceiros e que o descumprimento pode gerar suspensões aos respectivos membros.