No dia 3 de outubro iremos escolher @s noss@s representantes nos parlamentos federal, estaduais e distrital, nos palácios de governo e na Presidência da República, e as nossas escolhas serão decisivas para que tenhamos uma vida com mais qualidade e plena em direitos. Esta é uma edição especial do Fêmea para trazer a você, eleitora, militante engajada nos processos eleitorais e candidata a importância que a política tem para transformar a vida das mulheres. Por isso a opção pel@ candidat@ que respeita e defende os direitos das mulheres se faz importante.

E como transformar o cotidiano das mulheres para melhor? Essa pergunta foi respondida na página de entrevista por três mulheres com diferentes e importantes atuações na sociedade brasileira: Taciana Gouveia, ativista do movimento social feminista e educadora do SOS Corpo aponta uma visão crítica do que é política, do processo eleitoral e como a política feminista é a que muda a vida das mulheres; Eliane Catanhêde, jornalista e colunista da Folha de São Paulo fala da ação da mídia na promoção dos direitos das mulheres; Rejane Pitanga, candidata à deputada distrital aborda o papel dos Partidos Políticos na promoção da discussão de assuntos de interesse da sociedade, inclusive das mulheres.

Na página de política abordamos ainda programas de governo dos presidenciáveis, e procuramos identificar em suas campanhas propostas que defendam os direitos das mulheres. Como por exemplo, o fim da violência contra as mulheres, saúde, legalização do aborto, autonomia econômica das mulheres, a necessidade da construção de creches, a seguridade social para as mulheres trabalhadoras. Entretanto, observamos que apesar d@s candidat@s sentirem a necessidade de ter um apelo junto ao eleitorado feminino - afinal somos 51,8% - a maior parte destes assuntos ficam de fora das propostas, dos debates e das campanhas.

Pautamos outro assunto bastante discutido nessas eleições. A mudança na lei de cotas que obriga o preenchimento mínimo de 30% e máximo de 70% para cada sexo. O artigo “As cotas e a paridade de gênero na política”, do pesquisador José Eustáquio, mostra que o poder de voto das mulheres não se traduziu em ocupação dos espaços de poder e a democracia brasileira continua convivendo com um persistente déficit de gênero na representação política. Diz ainda que há dificuldades para se vencer as resistências do poder androcêntrico e que as políticas de cotas encontram barreiras para sua implementação.

O Fêmea explica e comenta a Lei da Ficha Limpa em sua página Na Lei e Na Vida e exibe nesta edição a campanha “Pela política na lei, pela política na vida”, que tem como objetivo estimular a sociedade brasileira a debater os direitos das mulheres e a importância de sua presença nos espaços de poder e decisão, a fim de combater as desigualdades de gênero e de raça que impedem as mulheres de se lançarem candidatas e ocuparem espaços de poder.

E para concluir, o jornal apresenta um breve levantamento sobre as candidaturas femininas nessas eleições, a inércia dos partidos para tomar medidas efetivas com vistas a ampliar a participação feminina na política e o descaso dos Tribunais Regionais Eleitorais em garantir o cumprimento das cotas nas eleições.

Por isso o voto é importante e a escolha de representantes políticos que compreendam a necessidade de defender os direitos das mulheres para uma vida digna, plena, justa, igual, democrática e livre.

Boas eleições!


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