Trabalho voluntário de pesquisadoras da USP e outras universidades ajuda pessoas negras, indígenas e periféricas a ingressarem na pós-graduação; projeto atende anualmente mais de 100 estudantes
Alessandra Garcia - Foto: Arquivo pessoal
A advogada conta que a iniciativa começou com pequenas mentorias, que foram oferecidas para cerca de dez pessoas com a ajuda de um colega, que mentorava metade dos participantes. Ao fim da primeira experiência, Alessandra viu a aprovação das cinco pessoas que auxiliou e percebeu que sua metodologia de acolhimento era um dos principais fatores para isso. “Não adianta você apenas jogar metodologias para as pessoas porque elas vão entrar em desespero, elas nunca viram essas coisas! Então a questão do acolhimento é sobre acompanhar as pessoas de perto”, afirma.
Dentre as aprovadas, três mulheres foram convidadas por Alessandra para atuar no projeto, dessa vez como mentoras. Ao aceitar, se juntaram a outras cinco voluntárias para atender 32 pessoas. “Começamos a nos reestruturar e outras pessoas conheceram nossa mentoria. Tive um parceiro que entendia muito de metodologia e achou o projeto lindo, então ele também entrou e o negócio foi crescendo. Nesta segunda mentoria houve um novo processo seletivo do Diversitas e, das 54 vagas, colocamos 13 da nossa mentoria”, diz a coordenadora.