A semana foi curta, mas intensa politicamente. Nos dias seguintes ao 7 de setembro, as instituições responderam aos atos e ao discurso do presidente da República. Enquanto o STF foi mais incisivo, argumentando em defesa da democracia tanto no Plenário, como no Superior Tribunal Eleitoral, Lira falou em nome do Congresso em tom conciliatório. Já Pacheco, preferiu suspender as sessões do Senado Federal. No final de semana, o MBL convocou atos nas capitais, o que suscitou a polêmica dentro da esquerda de participar ou não de forma conjunta.

 

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A situação se agravou e o Presidente convocou Temer para ajudar a lidar com a manifestação dos caminhoneiros na Esplanada e para lançar uma nota com discurso mais ameno. No entanto, não surpreendeu ninguém que nas suas lives nas redes sociais, o discurso continuasse o mesmo. 

Enquanto isso, a crise econômica afeta toda a população. A fome e a miséria já são sentidas nas ruas de todo o país. Segundo o DIEESE, a cesta básica consome 65% do salário mínimo. O Brasil está ocupando o terceiro lugar no ranking de inflação na América Latina. 


O julgamento sobre o marco temporal segue. A resistência das mulheres indígenas se expressou em uma linda Marcha em Brasília. O CFEMEA promoveu, junto com a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), uma tenda de autocuidado e cuidado coletivo, um lugar de encontro e de acolhimento.


Na Câmara, os debates sobre as mudanças no Código Eleitoral continua, incluindo a questão de cotas. E um requerimento para a realização de uma audiência para discussão do Estatuto do Nascituro foi apresentado pelo deputado Emanuel Pinheiro Neto (PTB/MT), na CMULHER. Ainda não foi discutido, mas deve ter reação. 


E ontem tivemos a triste notícia da morte da professora Lourdes Bandeira. Professora da UnB, Lourdes teve uma trajetória importante e imprescindível na luta feminista do país. Com toda certeza, entra para a história do feminismo brasileiro por ser uma mulher forte, que lutou ao lado das mulheres por direitos e vida digna de forma incansável e inspiradora. Lourdes Bandeira, presente!

 

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