Infelizmente, a resposta para essa questão, não é simples. A começar por uma dificuldade primária, para exemplificar com história bem recente: os dados estatísticos de que dispomos em relação às eleições de 1996 são insuficientes e inconsistentes, para uma comparação imediata com os dados de 2000.

Naquele ano, como não era obrigatório o preenchimento do item “sexo” na ficha de inscrição de candidaturas, 37,25% dos registros não traziam esta informação.

Portanto, quando formos comparar os resultados das eleições 2000, com os resultados das eleições 1996, não podemos esquecer que, em 1996, para as Câmaras de Vereadores, segundo os dados do TSE, além das 33.343 mulheres candidatas e dos 159.179 homens candidatos, existiam 114.299 nomes que não se sabia se eram do sexo feminino ou masculino; e além das 4.338 mulheres eleitas e dos 34.870 homens eleitos, existiam 19.336 nomes sem informação do sexo. O mesmo acontece em relação aos dados para as Prefeituras Municipais.

Para sanar esse problema o TSE editou, em 1998, a Resolução nº. 20.100 que tornou obrigatório o preenchimento do item “sexo” na ficha de inscrição de candidaturas e vem investindo na melhor qualidade e confiabilidade dos dados divulgados.


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