As eleições municipais se aproximam e cresce a curiosidade para sabermos qual o desempenho dos partidos políticos no cumprimento das cotas.

Em 1996, na primeira experiência eleitoral com cotas para as candidaturas de mulheres às Câmaras de Vereadores, o monitoramento da lei foi bastante precário. Como o item sexo ainda não era de preenchimento obrigatório na ficha de inscrição de candidaturas, 37,25% dos registros do Tribunal Superior Eleitoral não tinham esta informação. Naquele ano, os partidos justificaram o baixo desempenho que tiveram, alegando o pouco tempo para se organizar internamente para o cumprimento da lei.

Agora o quadro é outro, quatro anos se passaram e esta alegação não se justifica mais. Com a divulgação, por parte do TSE, da lista de candidaturas de mulheres e homens, vamos poder identificar quais os partidos que saíram do discurso, muitas vezes vazio, de apoio à política de cotas e a um maior equilíbrio entre mulheres e homens nas esferas de poder, e foram para a prática, apresentando um mínimo de 30% de candidaturas de mulheres.

O movimento de mulheres realizou, em diversas unidades da federação, encontros para sensibilização e capacitação de mulheres candidatas e está lançando uma Plataforma Feminista paras as Eleições de 2000, convocando as mulheres e homens a incorporarem as reivindicações em prol da cidadania das mulheres, igualdade de direitos e equidade de gênero em suas campanhas.


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