Não é sempre possível divulgar boas notícias. Dia 28 de maio - Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher - o Fêmea procurou informar sobre a confusão que é falar sobre o assunto no Brasil. A mobilização e denúncias feitas pelas ONGs, ao longo dos anos, vem alertando que morrer de parto ainda é rotina no Brasil. O Ministério da Saúde, pela primeira vez, vai realizar uma pesquisa, para saber o tamanho da mortalidade materna. Apresentamos ainda nesta edição algumas informações, em primeira mão, sobre o projeto de autoria do CFEMEA, “Saúde Materna no Brasil: Discursos e Recursos” que enfoca principalmente a disponibilidade de recursos públicos para resolver a questão da saúde da mulher. E lembramos às amigas que foi instalada a CPI da Mortalidade Materna na Câmara dos Deputados. Qualquer denúncia dos Estados sobre o assunto será bem vinda.

E a notícia boa fica por conta do Encontro Feminista na Paraíba e do Seminário “Mulheres na Política, Mulheres no Poder” que foi prestigiado na Câmara por políticos, representantes do Judiciário e mulheres de diversas áreas. E destacamos o depoimento da vereadora Eni Fernandes do PT de São José do Rio Preto que com sua fala simples e precisa ilustrou para o público como uma mulher política é discriminada no seu dia a dia de trabalho. E ponto também para a assessora técnica do CFEMEA, a socióloga e historiadora Sonia Malheiros que se empenhou arduamente para divulgar seu trabalho, o livro “A política de cotas por sexo - um estudo das primeiras experiências no Legislativo brasileiro” - uma análise praticamente pioneira sobre o sistema de cotas adotado recentemente no Brasil.

E para a próxima edição ficamos na expectativa de boas notícias sobre o “Reencontro” de Beijing em NY e a revisão da Convenção 103 da OIT. Até breve.


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