Cada 8 de Março é único, este em especial guarda algumas peculiaridades. Os movimentos de mulheres e toda a sociedade lida com a possibilidade de instalação de uma CPI no Congresso Nacional sobre a questão do aborto cujo objetivo é a intensificação da criminalização em curso das mulheres que decidem pela interrupção da gravidez.

As políticas públicas sociais, especialmente aquelas que combatem desigualdades históricas e estruturais (de classe, raça e gênero) têm seus recursos contingenciados e destinados ao cumprimento de metas fiscais do governo. Com isso, mantém-se em crescente precariedade a atenção à saúde pública a educação, o acesso à moradia, o saneamento e a segurança pública. E a violência sexista não diminui.

No mundo do trabalho as mulheres seguem sendo o setor mais explorado, seja pela dupla jornada de trabalho, seja por que somos empurradas para os trabalhos e ocupações precárias, sem proteção social e direitos trabalhistas e com menor remuneração.

Portanto, mais que nunca o feminismo faz sentido. Este é o instrumento da luta das mulheres por sua libertação das relações de opressão e exploração, por sua liberdade e autonomia individual e da luta das mulheres por direitos coletivos e por outra sociedade, outro mundo possível.


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