LANÇAMENTO DO JORNAL FÊMEA - 1992

No segundo ano de atividade, em 1992, a organização lançou o Jornal Fêmea, instrumento essencial para escoar informações de Brasília para os estados. Editado mensalmente, e distribuído gratuitamente para uma ampla mala direta, o veículo oferecia – e ofereceu até 2014 - um balanço periódico da dinâmica legislativa.

De um lado os labirintos do Congresso Nacional testemunhavam a atuação do CFEMEA e sua teia de conexões, levando para Brasília o pulsar da luta pelos direitos das mulheres, e de outro lado, o Fêmea devolvia os resultados desta ação por todo o país. Das metrópoles aos lugares recônditos, onde as estruturas patriarcais são mais fortes, o jornal contribuía para democratizar o debate sobre o que se passava no Congresso Nacional.

“O Jornal Fêmea chegar todo mês na casa de seis, dez mil pessoas, alcançando todos os movimentos, lá nos Correios da comunidade, este foi um grande desafio! Era no Fêmea que a gente relatava o que tinha acontecido no Congresso. E era através do apoio popular, dos movimentos, que a gente conseguia avanços, e evitar muitos retrocesso no Congresso. Quando a gente dizia que era do CFEMEA, a gente era respeitada porque o parlamentar sabia que não estávamos falando nossa ideia, nossa posição pessoal, e sim transmitindo a posição de milhares de pessoas da base eleitoral dele! Era o movimento de mulheres que estava ali, organizado!” (Gilda Cabral)

O crescimento do trabalho e o engajamento do CFEMEA às redes e articulações feministas nacionais, regionais e internacionais exigiram da instituição uma renovação de estratégias, e a linha editorial do jornal Fêmea acompanhou as mudanças. No processo de preparação para Pequim/ 1995, ele se tornou o veículo oficial de comunicação da recém-criada Articulação de Mulheres Brasileiras. A partir de 2000, e durante o período em que a ONG assumiu a Secretária Executiva desta articulação, o Fêmea passou a editar um encarte mensal veiculando notícias da AMB. Quando o CFEMEA iniciou ações educativas sobre Orçamento e outros aspectos da gestão pública sua mala direta cresceu para incluir novos segmentos. Assim, o periódico passou a ser enviado para vereadoras, prefeitas e governadoras, numa estratégia pedagógica de aproximação com relação a mulheres que estavam no poder.

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